Gilmar Mendes: Ultrapassamos o fundo do poço (Veja o Vídeo)
Hoje, no STF, o Ministro Gilmar Mendes citou, pasmem, como fonte fidedigna de informação, o site Intercept, nos seguintes termos:
“Hoje se sabe de maneira muito clara – e o Intercept está aí para confirmar e nunca foi desmentido – que usava-se a prisão provisória como elemento de tortura.”
Veja o vídeo:
“Data maxima venia”, um Ministro da mais alta Corte de Justiça de um país citar um site de beira de estrada, destaco, de 5ª categoria, como fonte de informação idônea, como o Intercept, para sedimentar seus votos?
Francamente, isso, ao meu entender é um verdadeiro desastre.
Conceber como normal que um jornalista como Glenn Grennwald e um “veículo de comunicação” como o Intercept possam invadir celulares que possuem aplicativos de mensagens como telegran e whatsapp, através de hackers que se encontram, destaco, presos, exatamente por tais atos serem ilegais, para poder invocar a liberdade de imprensa, isso passa ao largo e situa-se de há muito como algo que não possui qualquer credibilidade, mais, se circunscreve como algo totalmente ilícito e inconstitucional.
Ora veja, a proceder tal medida, qualquer jornalista a e qualquer “veículo de comunicação” poderiam se acertar com hackers, exatamente como o fez o Intercept, para evocar, por meio de um sofisma e também de uma falácia, a liberdade de imprensa, para promover, a rodo, a vigília e a manipulação de informações e mensagens privadas.
A proceder isso, bibliotecas e bibliotecas de dossiês pautados por invencionices e por teorias da conspiração poderiam ser engendrados, bastando apenas, se alegar a garantia da liberdade de imprensa.
E nessa esteira, o sensacionalismo barato, PedesTre, de muitos “veículos de comunicação” encontraria a sedimentação para a total prosperidade, haja vista que todos sabemos que, infelizmente, o sensacionalismo vende, e muito, bem como serve e se nutre de mentiras e da destruição de reputações, pouco importando quem paga, mas apreciando o quanto se recebe, sem quaisquer escrúpulos.
Francamente, isso nem de longe é o exercício de um jornalismo minimamente sério e idôneo. Isso passa ao largo de se chamar liberdade de imprensa.
Isso é sim, a criação de uma “Gestapo de PaTrulhamento” ideológico, para conspirar contra a nação, para promover o sensacionalismo, para disseminar mentiras e para destruir reputações, através do que se compreende como inconstitucional, ilegal, escuso, trêfego, imoral e abjeto.
Sinceramente, isso não apenas deixa, e muito, a desejar, mas constata que ultrapassamos o fundo do poço.
Pedro Lagomarcino
Advogado em Porto Alegre (RS)