Com alimentos mais baratos, inflação cai e tem menor mês de maio desde 2006
Inflação do mês ficou em 0,13%, valor 0,44 p.p abaixo da taxa de abril, quando estava em 0,57%; tomate e feijão carioca ficaram mais baratos
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, desacelerou em maio. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice ficou em 0,13% no mês.
Em relação à inflação de abril, que foi de 057% , houve uma desaceleração de 0,44 ponto percentual (p.p). Esse é o menor valor registrado no ano e também o menor para um mês de maio desde 2006, quando foi de 0,10%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA recuou para 4,66%, abaixo dos 4,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Mesmo com a desaceleração, no entanto, o índice ainda permanece acima da meta de inflação estipulada pelo governo para este ano, que é de 4,25%.
Alimentos e bebidas puxaram baixa da inflação
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, quatro registraram deflação em maio, contribuindo para a queda do índice no mês.
Entre eles, o maior influenciador foi o grupo de “alimentos e bebidas”, em que os preços caíram 0,56% após terem subido 0,63% no mês anterior. O impacto da baixa nos preços dos alimentos na i nflação de maio foi de 0,14 p.p
Segundo o IBGE , o resultado do grupo alimentação e bebidas deve-se principalmente à queda de 0,89% observada na alimentação no domicílio.
O tomate, após apresentar alta de 28,64% em abril, caiu 15,08%, e o feijão-carioca acentuou a queda em relação ao mês anterior (passou de -9,09% para -13,04%). As frutas (-2,87%) também recuaram mais intensamente do que em abril (-0,71%).
Por outro lado, o leite longa vida (2,37%) e a cenoura (15,74%) subiram em maio, após apresentarem quedas (-0,30% e -0,07%, respectivamente) em abril.
Confira os resultados dos nove grupos:
- Alimentação e Bebidas: -0,56% (impacto de -0,14 ponto percentual)
- Artigos de Residência: -0,10% (impacto de 0 p.p.)
- Comunicação: -0,03% (impacto de 0 p.p.)
- Educação: -0,04% (impacto de 0 p.p.)
- Transportes: +0,07% (impacto de 0,01 p.p.)
- Despesas Pessoais: +0,16% (impacto de 0,02 p.p.)
- Vestuário: +0,34% (impacto de 0,02)
- Saúde e Cuidados Pessoais: +0,59% (impacto de 0,07 p.p.)
- Habitação: +0,98% (impacto de 0,15 p.p.)
Fonte: Economia – iG /vavadaluz