Pular para o conteúdo

Blog do Vavá da Luz

NÃO CONFUNDA TRISTEZA COM DEPRESSÃO ( Prof. Marcos Bacalháo )

marcos baclhao

            É cada vez mais comum ouvirmos alguém comentar que está deprimido(a) ou que conhece alguém com depressão. Muitas vezes basta um amigo estar um pouco menos animado que de costume para ser chamado de deprimido. Na atualidade, a depressão é uma das doenças  mais diagnosticadas no mundo. Com a popularização do termo, tornou-se praticamente um sinônimo de tristeza. Mas, cuidado com isso! Existem grandes diferenças entre depressão e tristeza.

            A tristeza pode ser entendida como um sentimento natural gerado por um evento negativo e impactante na vida de alguém, como o falecimento de uma pessoa próxima, desemprego, separação, aposentadoria, etc. Porém é passageira e considerada saudável. O que não significa que seja algo que passará rapidamente por nossas vidas e, nem tampouco, que será fácil de lidar. Mas, apenas que, conforme os dias passam, essa dor tende a diminuir e aliviar dentro do peito.

            Uma característica essencial é que, apesar de triste, a pessoa não se distancia completamente daqueles que estão em sua volta, geralmente ocorre o contrário, se aproxima delas para ter um apoio e conseguir superar suas dificuldades juntos.

            Certamente a perda mais duras nas nossas vidas é o falecimento de uma pessoa querida, por esse motivo será o tema enfatizado ao longo desta crônica. O luto gera muita dor e sofrimento para o enlutado. Trata-se de um sentimento forte de tristeza, difícil de ser superado, porém é inevitável e natural na vida de todos nós. É importante ser vivido e faz parte de um processo de crescimento e amadurecimento dos seres humanos. Porém devemos  sempre estar atentos aos nossos sentimentos. É importante que fiquemos tristes, que possamos chorar por uma perda. Isso nos alivia, promove um extravasamento dessa dor, e assim, aos poucos, a superação dela.

            Já a depressão, por sua vez, é uma doença. Possui diversos graus de  severidade, variando de vontade de realizar suas tarefas diárias. Há uma dificuldade de concentração e um cansaço sem explicação. Alterações  no sono, e no apetite também podem estar presente. O deprimido se distancia das pessoas queridas e apresenta um desânimo, aparentemente sem motivo, perante a vida.  Diversos são os fatores para o desenvolvimento de uma  depressão que variam entre genéticos, situações de forte stress,  perdas importantes, doenças  crônicas, cardíacas, internações hospitalares, entre outros.

            Na depressão a rotina em diversos  setores da vida tornam-se prejudicados. O deprimido não consegue ter ânimo de trabalhar e muitas vezes sequer de comer ou tomar banho. Dessa forma, sua vida se torna comprometida devido às faltas  constantes no trabalho, assim como, aà baixa de produtividades. Há um desinteresse nos relacionamentos afetivos  e familiares, podendo gerar conflitos e até mesmo separações.

            Já na tristeza, quando alguém está de luto, por exemplo, sofre muito e é comum ocorrer um distanciamento das atividades de lazer e sociais, porém não se verifica um isolamento  completo daqueles que o cercam. Além disso, aos poucos o enlutado retorna ao trabalho e produzir, ocupar o espaço e trabalhar  um pouco  a sua mente. A falta que a perda promove estará sempre presente em nossas vidas, mas a dor e a angústia se tornarão, aos poucos, uma lembrança boa da pessoa que se foi.