Quando LIA, minha velha companheira ,veio a ingá pela primeira vez, foi numa época de SÃO JOÃO, naquela época, havia balão no ar e arrasta oé no salão, veio com os pais conhecer a minha família que se resumia no meu velho avô e minha tia-mãe, linda jovem de cabelos longos, cor de canela como se diz, alta, magra de tez morena e de olhar sereno, cativante, por isso hoje eu posso dizer as doces e lindas jovem de hoje de onde surgem as amargas e feias velhas de amanhã mas voltando ao assunto, sendo eu um admirador fervoroso de ZE DA LUZ não poderia deixar de homenageá-la ao estilo de ZÉ e fiz essa
NUMA FESTANÇA SEU MOÇO
DAS NOITES DE SÃO JOÃO
NUMA CASINHA PEQUENA
EU CONHECÍ UMA MORENA
QUE TOCOU MEU CORAÇÃO
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ELA SE CHAMAVA LIA
E TODO MUNDO DIZIA
QUE A MORENA ENFEITIÇAVA
POIS ESSA DITA CABÔCA
DEIXAVA A CABEÇA ÔCA
DOS HOME QUE LHE OIAVA
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E FOI ASSIM MEU PATRÃO
FOI ASSIM QUE COMEÇOU
O MAIS MAIOR DOS AMÔ
QUE NASCE NUM CORAÇÃO
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ESTAVA DENTRO DA FESTA
A CABOCA FEITICEIRA
CABÔCA COR DE CANELA
O POVO LHE ADMIRAVA
ENQUANTO OS HOME BRIGAVA
QUERENDO DANÇAR COM ELA
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EU ESTAVA SO DE FORA
ESPIANDO A CONFUSÃO
MAS QUANDO VI A MENINA
SEU DOUTOR NEM CORAMINA
CONTROLOU MEU CORAÇÃO
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ENTREI PRA DENTRO DA FESTA
DISSE TUDO SE ARRESOLVE
BATÍ A MÃO DO REVÕLVE
E MANDEI PARAR A ORQUESTRA
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O SILENCIO FOI GERAL
MAS LA DE DENTRO DA SALA
SE ESCUTAVA NO TERREIRO
O TILINTRAR DOS REVÕLVE
E OS CUXIXAR DOS VAQUEIROS
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EU JÁ TAVA PREVENIDO
QUE UM BOM CABRITO NÃO BERRA
DUMA ESTORIA EU JÁ SABIA
QUE PRO CAUSA DESSA LIA
FOI TRÊS PRA BAIXO DA TERRA
–
E QUANDO A ORQUESTRA RETORNOU
TOCANDO UM LINDO BAIÃO
EU ENTÃO FIZ MINHA FITA
COM A MORENA BONITA
ME ARRASTEI NO SALÃO
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NUMA HORA DESSA SEU MOCO
CABRITO NÃO BERRA, FALA
VÍ EM CIMA DOS MEUS DENTES
TRÊS MENININHO DOENTE
CUSPINDO SOMENTE BALA
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NO MEIO TAVA JUVENÁ
QUE DELA ERA APAIXONADO
CABÔCO MAL ENCARADO
E DE MUITA POUCA LINHA
ERA ALTO E MAGRICELO
E NÓS MARCAMOS UM DUELO
PARA O SÃO PEDRO QUE VINHA
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E NO DIA DE SÃO PEDRO
NA PORTEIRA CO CURRÁ
DISPAROU-SE DUAS BALAS
HOJE NINGUÉM MAIS NEM FALA
NESSE TA DE JUVENÁ
–
vavadaluz
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